terça-feira, agosto 30, 2011

Plus Size

Atendendo a pedidos, hoje o post será sobre moda plus size. Apesar de que, para mim, se está fora da passarela, ou da revista, é plus size, teoricamente são números do 44 para cima.
De alguns anos para cá, a moda no Brasil vem se fortalecendo e ganhando cada vez mais importância, e como efeito colateral, a escravidão dos cortes europeus, com modelagens estreitas e muito compridas vem aos poucos se dissolvendo. Está mais fácil para a brasileira se vestir sem medo e mais confortável, independente do seu número, pois nossos estilistas enxergam um pouco melhor o padrão nacional. 
Além disso, a moda atual é bem democrática. Se observarmos as Fashion Weeks, todos os estilos estão presentes. E já não há mais limites para a criatividade. Hoje somos o que queremos ser, mesmo que cada dia se queira uma coisa diferente. Ninguém mais está proíbido na moda, as mais gordinhas estão liberadas para as estampas, e as magrinhas sem busto para os decotes.
Lógico que ainda existe sim um certo limite entre a elegância e o desleixo, mas mais por se vestir de acordo com a sua personalidade e com os locais frequentados, do que por estar com "5kg" a mais ou a menos. E as regras que servem para as mais cheinhas, funcionam para todas:

-Ter cuidado com a quantidade de pele aparente;
-Peças mais estruturadas, acinturadas e calças de corte reto vestem melhor;
-Não cortar horizontalmente a silhueta, preferir uma uniformidade;
-Evitar peças muito curtas ou muito longas, muito apertadas ou muito folgadas;
-Sempre usar o seu número certo;
-Evitar tecidos moles e que marquem muito, como jersey, malhas frias e sedas finas;
-Detalhes no colo, como colares, lenços e uma gola mais interessante, roubam a atenção da barriguinha, dos bracinhos, das coxas grossas...
-Não acredite que usar tudo o que está na moda lhe serve ou é elegante... tem muita coisa feia sendo desfilada por aí... e ter um pé no clássico sempre ajuda;
-Uma que quase ninguém comenta: algumas roupas compradas prontas, principalmente as mais finas, precisam de pequenos ajustes para ficarem perfeitas no corpo. O comprimento da barra da calça e do vestido, a largura da cintura, e retoques no busto (muitas vezes na altura dele), devem ser retocados;
-E a última: se conheça! Veja o que gosta, o que é mais forte e valorize, exponha! Abuse do espelho e da máquina fotográfica, erre e acerte, que com um pouquinho de paciência se descobre o que serve e o que deve ser evitado. Esse processo ainda pode trazer surpresas, como algo que vai contra a regra, mas em você funciona muito bem.

Essas regras são ou não para todas? Se a máxima "magra pode tudo" fosse verdade não haveria tanta celebridade mal-vestida, e as mais comedidas como Kate Middleton e Grazi Massafera não seriam as preferidas em estilo.

Imagem do site "Chic", de Glória Kalil

Para clarear mais tudo o que foi dito, sugiro que conheçam o "Entre Topetes e Vinis", um blog do site da revista Gloss, no qual a blogueira tem orgulho do seu corpo, e o enxerga como uma tela em branco para os mais variados looks! Conversei por e-mail com a Juliana Romano, e pedi permissão para colocar as imagens dos seus visuais de que mais gosto. Ela, muito fofa e simpática, me respondeu dando permissão. E aqui estão eles:

Clássica combinação em preto, branco e vermelho.

Perfeitinha!

As variações com sapatilhas e scarpin para quem
não gosta de coturno também ficam muito bem!

A-M-E-I!! Cópia já! (rs!)

Echarpe fofa!

A prova de erros!

Adorei também! Amo misturar estampas!

Mais jovem e ousado.

Acho que tenho muitos preferidos... (rs!)
Além de looks incríveis, Ju também capricha no cabelo e sempre ensina como fazer penteados legais! Para visitar sempre: http://gloss.abril.com.br/blog/entre-topetes-e-vinis/
Ainda sobre o "Entre Topetes e Vinis", em um post recente foi mostrada uma entrevista com a linda modelo plus size e jornalista, Carla Manso (também vale conferir). Carla é dona de uma loja virtual para manequins acima 44, a Best Size (http://www.bestsize.com.br/), e visitando encontrei outras peças lindas, sugestão para quem está querendo roupa nova! Acima de R$ 200,00 o frete é grátis, e, além das roupas, também vende acessórios.
Algumas de que gostei:

Adorei o short!

Tarde de sábado.

Regata linda!

O verão vem vindo!

Uma outra sugestão é o programa "Esquadrão da Moda". Ajuda muito na identificação do que veste melhor. Assisto mais o da Discovery Home&Health, mas o apresentado no SBT pode ser melhor, pois mostra uma maneira mais brasileira de se vestir, e não aquele estilo meio duvidoso das americanas.

Espero que tenham gostado deste post mais eclético. Sinto falta nas revistas não só das mais cheinhas, mas aonde estão as asiáticas, as negras, os cabelos cacheados, e as de traços indígenas? Tanta beleza ignorada!

Beijos,
Camila Farias.

segunda-feira, agosto 29, 2011

Estilo "NAVY"

O que chamam de tendência Navy é na verdade um clássico presente em todos os verões, e até em outras épocas do ano. Nunca saiu ou entrou em moda, pois sempre se manteve para as mais elegantes. O estilo de inspiração náutica foi criação da grande Chanel ao observar na praia a principal peça do vestuário dos pescadores e marinheiros:  a camisa listrada em branco e azul-marinho.

Chanel em visual que mistura o Navy e a influência inglesa.
Destaque a boina de marinheiro.

Chanel em momento de descando, com a primeira e mais marcante 
peça do estilo Navy: a camisa listrada.

A tendência cresceu, ganhou força, e hoje é sinônimo de elegância, com representantes nas listras horizontais, e nas cores branco, vermelho, preto, e principalmente azul-marinho. Sempre com botões ou acessórios em metal dourado, ou, numa versão mais praieira, também sandálias e bolsas em ráfia e palha. Nesse verão o estilo será usado de maneira mais chique, mais lady-like e insinuante, e menos caricato e marcante, como se vestir por inteira com listras, nós, barquinhos e âncoras.

Ensaio revista ELLE:




Ultimamente quem vem mostrando como usar um Navy mais chique é a Duquesa de Cambridge, Kate Middleton, apostando no azul-marinho e em botões que remetem aos uniformes da guarda da Rainha Vitória. Ela usa principalmente quando seu compromisso exige uma postura de respeito, como eventos militares e na visita ao local do recente massacre terrorista de Oslo, na Noruega.






Encontrei na internet outras imagens que servem de guia na hora de compor um visual mais cotidiano e menos "realeza". Também consegui duas imagens do look-book do site das lojas Riachuelo, as quais tem peças lindas e acessíveis.

Olívia Palermo

Olívia Palermo

Alguma "it-girl". A imagem já veio cortada.

Blogueira.

Riachuelo:



Eu sou fã do Navy a muito tempo, e tenho muitas peças do estilo no meu guarda-roupa. Quem não usa poderia adotar, e descobrir que não só o pretinho básico, ou a camisa branca, são a cara da classe indefectível.

Beijos,
Camila Farias.

terça-feira, agosto 23, 2011

O lado podre da Moda

Inicialmente peço desculpas por ter passado tanto tempo sem postar nada, mas como poucos sabem, sou arquiteta e recém chegada em Salvador. Por isso mesmo estou tentando alcançar meu espaço nessa cidade, e nos últimos dias precisei participar de vários eventos na área.
No meu retorno venho falar sobre dois lados "podres" da moda, que faz tempo que tenho vontade de comentar: o uso de pele e o de mão-de-obra escrava. Esse último muito comentado na semana passada, inclusive em um comentário anônimo, em que recebi a sugestão de falar sobre isso. Aliás, não precisava ser anônimo!

PELE:
Todo inverno a polêmica recomeça! Recentemente a Arezzo foi obrigada a recolher peças em raposa, após grande reclamação no twitter, e a Iódice recolheu seus produtos em pele natural antes de virar alvo de críticas. Cris Barros usou coelho, e Reinaldo Lourenço, chinchila.
Eu acredito que sofrer críticas severas na internet não é punição suficiente, e a situação deveria ser observada como CRIME AMBIENTAL. Exagero? Não! Como a vida de ser-vivo pode ser sacrificada por mera vaidade de PESSOAS ESNOBES?
Só entre nós, pele engorda, mofa, ataca a rinite alérgica, e compõe perfeitamente o esteriótipo da perua emergente, que conquistou muitas cifras na conta bancária, mas nenhuma inteligência a mais.
Certo, o estilistas são fantásticos e criam detalhes mais atuais e urbanos, mas o que custa usar sintético? Só para agregar valor? Seu nome e talento incontestável não seriam suficientes?
Reinaldo Lourenço em matéria recente para a Revista Estilo, afirmou que a discursão só faria sentido se se estendesse ao couro, mas ele se esquece que o couro seria "o resto" do boi, o que sobrou depois da sua função principal de alimentação, e ter dado outros produtos de grande importância econômica. Ninguém costuma comer raposa! Ou chinchila!
Não defendo o uso do couro, e também acho um absurdo diante dos sintéticos fiéis que temos no mercado. Até porque a nossa forma de consumo atual é rápida! Uma roupa tem que ter qualidade, mas não precisa durar tanto, pois na economia nada sustentável de hoje daqui a pouco se cansa dela, a moda muda, e se compra uma coisa nova (não vou entrar nesse assunto longo, isso é para outro post). 
Mais uma informação a meu respeito: não como carne, nem frango, só como pouca quantidade de peixe por questão de saúde, e evito a compra de peças que contenham couro natural, justamente por uma questão ambiental. Sou louca por animais, apaixonada por cachorros, tenho uma vira-lata adotada, que mora na casa dos meus pais, uma pata é quebrada e atrofiada, falta um dedo em outra, o rabo foi cortado, e é coisa mais carinhosa que já vi na minha vida! Só de falar nela aqui me sinto tão bem! Mas também muita saudade! Agora dá para entender porque esse assunto mexe tanto comigo!

Campanhas contra o uso de pele:

"Aqui está o que sobrou do seu casaco de pele."

Peta e Danity Kane: "Preferimos ir nuas a usar pele"

Peta e Kloe Kardashian: "Pele? Prefiro ir nua!"

Peta e Eva Mendes: "Pele? Prefiro ir nua!"

Ser defensor dos animais, vegetariano, ou ecologicamente correto é tão chique, e tão mais chique que usar pele, que muitas celebridades aderiram a causa e costumam usar isso como marketing pessoal.

USO DE MÃO-DE-OBRA ESCRAVA
Semana passada o Ministério Público declarou estar investigando a empresa ZARA por uso de mão-de-obra escrava na produção de suas roupas, após ter descoberto em São Paulo oficinas subcontratadas em que trabalhadores estrangeiros ilegais (bolivianos e peruanos) viviam em más condições de higiene e segurança, trabalhavam até 16 horas por dia, precisavam de permissão para sair, e recebiam apenas R$ 2,00 por peça confeccionada. Em uma das oficinas foi observado também caso de trabalho infantil.
A ZARA foi indiciada por 52 infrações às leis laborais brasileiras, e apesar de negar conhecimento da situação, assumiu total responsabilidade e vai pagar compensações financeiras aos trabalhadores. Além da ZARA, a Broksfield, a Gregory, a Billabong e outras duas marcas também foram indiciadas, mesmo mais de 50% dos produtos encontrados serem destinados a empresa espanhola.
Em 03 de dezembro de 2007, o programa Report da TV italiana denunciou as grifes Prada, Gucci, Dolce & Gabanna, Fendi e Ferragamo por uso de mão-de-obra escrava, e apenas a Prada foi à televisão se defender, afirmando que seus inspetores não são policiais e não tem acesso ilimitado às áreas e a todos os documentos.
A norte-americana Nike também já foi autuada por motivos semelhantes, e também por trabalho infantil. Depois de ser acusada como exploradora do terceiro mundo, cancelou seu contrato com a fábrica no Camboja em que foi encontrada a ilegalidade.
Fiquei muito chocada com o caso ZARA por acontecer em território brasileiro, país cuja estrutura social não permite mais a escravidão, apesar de todos os problemas ainda enfrentados. Não que em outros países, como os asiáticos, seja aceitável esse tipo de abuso, mas a idéia que se tem é que o Brasil é socialmente mais desenvolvido que os mesmos, e de que o governo brasileiro não ignora esses casos.
Nenhuma das empresas pode alegar falta de conhecimento, pois quando elas fecham contrato com um fornecedor que oferece um preço bem abaixo da concorrência, se imagina a razão deste custo. A sensação que tenho como consumidora, apesar de não usar nenhuma das grifes mencionadas, com excessão da Nike e de uma camisa que ganhei da ZARA, é a de que fui lesada! Quando pago um valor alto numa peça acredito que uma porcentagem significante é devido aos custos de produção, mas diante de remunerações de R$ 2,00, vejo que quase tudo vai para a "caixinha" da empresa!
Apesar de tudo, não vou ser hipócrita e cruxificar quem ainda compra essas marcas... basta olhar as minhas coisas, o meu guarda-roupa, para ver o tanto de "made in china" que há! E isso vai além do meu apartamento, e chega na casa de quem lê esse blog também (você! Hehehe!). Não sou a favor, mas como fugir disso? A relação comercial entre Brasil e China é tão grande que os economistas devem acender velas todos os dias para a China não quebrar e levar o Brasil junto. De roupas a eletrodomésticos o país asiático é nosso fornecedor, e também praticante do chamado "dumping social". Para quem não sabe, "dumping social" é uma concorrência internacional desleal, a base da exploração da mão-de-obra, e que prejudica os outros países concorrentes.
Logo, como posso julgar? O que posso fazer é usar desse meio de informação para alertar a mim mesma e às outras pessoas a reduzirem o possível a compra de produtos chineses (e afins), e principalmente das marcas acusadas. Pedir, mesmo sem ser "ouvida" (lida), que as autoridades intensifiquem as investigações, sejam rigorosos diante das punições, e torcer para o Brasil aumentar sua capacidade de produção, e incentivar a compra de manufaturados brasileiros com incentivos fiscais e semelhantes.

Imagens da oficina produtora das peças ZARA: (chique, não?!)






Muito obrigada por ler todo esse texto, e peço desculpas por talvez não ter escrito o que algumas pessoas queriam ler a respeito da mão-de-obra escrava na moda, mas não dá para fugir da realidade e levantar uma "falsa bandeira". A situação é triste, como o uso de peles verdadeiras, mas o principal é ter conhecimento para comprar de maneira mais consciente. Preferir sempre "made in brazil", confecções locais, empresas responsáveis, e até artesanatos. E nunca, mas nunca mesmo, ser ridiculamente vaidoso ao ponto de matar um animal para "aparecer"!

Beijos,
Camila Farias.

terça-feira, agosto 16, 2011

Dica... e Salinas Verão 2012

Como o título diz, hoje vou dar uma dica. Ou melhor, uma sugestão. O programa GNT Fashion é realmente muito bom! É comandado pela "expert" Lilian Pacce, a qual sempre mostra o trabalho dos vários profissionais envolvidos com a moda, como estilistas, produtores e modelos, e sempre comenta algum desfile recente.
O programa de segunda passada (ontem) teve como assunto estampas, desde o processo de criação, bem como desenho e aplicações práticas, à mistura de várias padronagens no cotidiano. Foi realmente um dos episódios mais interessantes, por isso coloco aqui os links para as matérias apresentadas.

-Como combinar padronagens diferentes: http://gnt.globo.com/gntfashion/videos/_1598061.shtml

Da Salinas, Lilian Pacce mostrou o desfile da coleção Verão 2012, e uma entrevista com a estilista da marca, Jaqueline De Biase, que explicou o desenvolvimento das estampas vistas nos biquinis, através de imagens e tecidos sobrepostos. A marca se inspirou nas belezas cotidianas do Rio de Janeiro, e apresentou uma inovação textil, um tecido fino, 10 vezes mais resistente ao cloro que outros já utilizados. Vale a pena acessar o link acima, e olhar abaixo as imagens do desfile:

 

 
 


Eu sou uma consumidora "quase fiel" da Salinas, 80% dos meus biquinis são da marca, e o meu primeiro tem muito tempo que comprei, mas como adoro a padronagem e a qualidade valeu o investimento, ainda o tenho. E ontem conferi o trabalho esforçado e criativo no surgimento das estampas Salinas, justo o que mais me atrai na marca, tanto que não tenho nenhum produto em tecido liso.
O GNT Fashion é exibido toda segunda, às 22:30h, pelo canal pago GNT. Para quem não tem TV a cabo, ou perdeu até as reprises, pode acessar o programa pelo site. Fica o link: http://gnt.globo.com/gntfashion/.

Beijos e abraços,
Camila Farias.

quarta-feira, agosto 10, 2011

70's

Como a maioria está sabendo os anos 1970 estão em alta, e muito bem representados pelas tendências da saia longa e das calças pantalona e flare.
Os modelos de calça gosto e já uso a bastante tempo, com a diferença de que agora elas vem com a cintura alta. Porém as saias longas estão me encantando! Era uma peça que definitivamente não entraria no meu guarda-roupa até certo tempo, pois estavam muito associadas ao estilo hippie, o qual não gosto. Houve uma transformação na apresentação das mesmas, e a saia longa ganhou ares de sofisticação.
Também acreditava que elas não me serviam, inclusive recentemente comentei no blog que não era uma tendência para o meu biotipo, mas com as últimas informações recebidas fiquei sabendo que os modelos de cintura alta mais sóbrios vestem bem as baixinhas voluptosas!
Estou a procura de uma saia longa com preço interessante, mas não consigo achar! Queria muito provar, para saber se me agradaria vestida, ou se seria mais uma moda que gosto só nas outras pessoas, como o sapato oxford.
Enquanto não encontro, vou procurando inspiração e orientação de como melhor usar!

-Saias longas:



       


-Calças Pantalona e Flare:

         



Outro ponto é estar bastante confusa com o que tenho lido. Eu vi que a flare seria o novo termo para boca-de-sino, depois vi que boca-de-sino, flare e pantalona são todas chamadas por pantalona. Porém, acredito que a boca-de-sino ou flare é aquela calça que abre do joelho para baixo, e a patalona é por inteiro mais solta da perna.

Beijos, e uma feliz viagem aos 70's!
Camila Farias